sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Count basie orchestra (29-10-2008)


Apareceram na arena do Campo Pequeno a regatear aplausos para o «world famous» estatuto com que se apresentaram. Deixaram o palco lisboeta ainda mais aplaudidos, se calhar como não esperavam pela disposição com que começaram e acabaram.

A Count Basie Orchestra tocou esta quarta-feira em Lisboa durante duas horas e num recinto preenchido a três quintos. A vinda a Portugal fez-se com cinco convites a cantores nacionais - duas vozes masculinas (Carlos do Carmo, Camané) e três femininas (Manuela Azevedo, Maria João e Lula Pena).

Umas agradaram mais, outras menos. Umas são mais talhadas para cantar jazz, outras menos. Se nem toda a gente sabia, toda acabou por perceber isso. Assim como entendeu que os convidados especiais deveriam merecer honras da casa. (...)

Quem canta o fado tem uma voz representante do sentimento que um encontro destes merece, mas há outras bem mais à vontade. Maria João esteve nas suas sete quintas para honrar o seu jazz e «They Can't Take That Away From Me» provocou a primeira grande ovação da noite.

Mas não foi a única. Manuela Azevedo tomou-lhe o gosto e com «The Lady Is A Tramp» teve o dom para manter o nível. Carlos do Carmo quebrou o gelo norte-americano quando pediu o que foi uma grande ovação para os músicos antes de Maria João arrumar a questão com o seu «Parrots And Lions» conduzida a orquestra por Pedro Moreira. Os aplausos fizeram o resto para vincar o que seria esta noite e a deixar a orchestra diluída no ambiente lisboeta.

Seja com a Count Basie Orchestra, os Kings of Convenience, Juliette Gréco ou o Coro Cristão Ortodoxo da Geórgia, se há públicos que sabem ser bons, um deles é o português; porque quando está a gostar mostra-o com um entusiasmo puro, aberto, que tem tanto do mais sincero como do mais contagiante.

Fonte: IOL

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