sexta-feira, 10 de abril de 2009

Reacções ao South by Southwest


Em declarações ao Cotonete, a vocalista Manuela Azevedo demonstrou um enorme contentamento com a participação dos Clã no South by Southwest (também conhecido como SXSW), um dos maiores festivais de música do mundo (para muitos, o maior), cuja edição de 2009 terminou há poucos dias.

Os Clã tiveram a sorte de dar dois concertos no festival texano, o primeiro deles, conforme agendado, numa igreja, St. Davis Church, às dez da noite de 18 de Março. "Não estava muita gente e parte substancial do público era portuguesa, incluindo músicos nacionais como o David Fonseca e a Rita Redshoes", recorda a cantora portuense.

O segundo concerto, ocorrido no dia seguinte, foi de substituição à última hora, no Mombo's.

"Era uma sala mais central, e o palco, dedicado à world music, era mais vocacionado para bandas pop-rock". O público era mais numeroso e a "reacção foi muito boa. Vendemos os CDs todos, e perguntaram-nos várias vezes onde podiam encontrar a nossa música". Através daquele segundo espectáculo, Manuela Azevedo confirma que cantar em português não constitui um obstáculo para conquistar o público estrangeiro: "funciona até melhor porque é mais sentido. A junção de várias forças como um pop-rock familiar e ao mesmo tempo com um toque exótico" também facilitou a empatia com o público norte-americano (e não só).

Manuela Azevedo recebeu comentários elogiosos de pessoas que se sentiram "seduzidas pela beleza fonética das palavras portuguesas" através de concertos que incluíram no alinhamento a versão de 'Beautiful People' de Marylin Manson (que os Clã já tinham tocado na Cidade Invicta) o único tema que os Clã não cantaram em português no SXSW.

Sobre o ambiente que rodeia a cidade de Austin nos cinco dias em que decorre o festival de música, Manuela Azevedo prefere citar a opinião do teclista da sua banda, Miguel Ferreira: "é o S. João do Rock". A cantora impressionou-se sobretudo com a "6ª rua [no centro da cidade], que estava pejada de música".

Os Clã também não prescindiram do seu papel de espectadores. Quando caminhavam numa das ruas, ouviram uma rapariga a berrar num dos bares. A vocalista em fúria era nada mais, nada menos, que a ex-actriz de cinema Juliette Lewis. A maior parte dos concertos, os Clã não conseguiram ver. Das actuações que conseguiu assistir, Manuela Azevedo destaca a prestação de PJ Harvey & John Parish ­"aquela música é como imagino que o rock deveria ser daqui a 20 anos". A vocalista dos Clã também se rendeu ao concerto dado por Raul Malo (referência do country e ex-vocalista dos Mavericks) e à "energia imbatível" dos detroit7, um power trio japonês de garage-rock.

Fonte: GP / Cotonete

Foto: Blogdoscla

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